segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Convidado: Arquivista Philipe Cavalcanti


Olá a tod@s arquivistas e leitores do blog... Sou Philipe Cavalcanti, Arquivista, formado pela UEPB (2011).

Primeiramente, agradeço o convite aos amigos Anna Carollyna e Dacles Silva, confesso que fiquei surpreso por tal pedido. Além disso, sendo o primeiro a desenvolver trabalhos, na qualidade de convidado arquivista, a escrever esses breves pensamentos, de tantos que outros que serão postados nesse blog. Uma grande responsabilidade.
Bom, pra início de papo e sem mais delongas foi pedido para escrever algo que fosse alvo de uma inquietação e, claro, sempre temos alguma! Nesse caso pensei em falar sobre algo que tenho observado nesses últimos meses que é a falta de profissionais (Arquivistas) no setor privado. Isso mesmo, Arquivistas! A Paraíba hoje conta com dois cursos de Arquivologia, formando a cada ano vários e bons profissionais dessa difícil área. Mas para onde estão indo esses profissionais? Onde estão exercendo suas funções?
É bem verdade que o setor público é o que atende mais às nossas necessidades, principalmente o Federal, onde são pagos os melhores salários e a procura sempre é (e será) grande por uma vaga nesse setor (algo que não é exclusividade nossa, claro!). Mas também sabemos que não haverá vagas suficientes nessa esfera para uma demanda de tantos arquivistas formados.
E é para preencher essa falta de vagas que aparece o setor privado (empresas, organizações privadas, indústrias, etc.). Bom, infelizmente a realidade não é bem essa e não é difícil comprovar isso, basta apenas um rápido papo com outros colegas formados na área para saber que muitos ainda estão sem exercer suas nobres funções no mercado de trabalho.
Mas essa “falta de vagas” não é exatamente o foco desse texto. O principal foco é discutir o fato de que os poucos que estão empregados não foram todos contratados como ARQUIVISTAS. Mas como assim não? No setor privado existe algo que podemos observar que é a contratação de “assistentes administrativos”, ou seja, independentemente se somos formados em alguma área ou não, somos contratados como assistentes, mesmo exercendo nessas empresas as respectivas funções de ofício.
Em um caso como o da Paraíba que não possui ainda uma associação de arquivistas e menos ainda um sindicato formado, não temos como discutir um piso salarial estruturado e de acordo com nossa realidade econômica. Ou seja, as empresas privadas estão livres de pagar o bem entendem por serviços qualificados e realizados por profissionais de nível superior e não há uma defesa por esses direitos.
Cabe registrar também que essa não é exclusividade dos arquivistas. Há outros profissionais, de outras áreas, que na verdade necessitam submeter-se a essas condições, assim como nós.
Apesar disso, ainda há outro problema: a desvalorização dos profissionais no mercado. Pensando bem, como chegaremos a sermos valorizados se ainda somos reconhecidos como pequenos auxiliares e não como atuantes e capazes de uma real melhoria na prestação e celeridade dos procedimentos administrativos de qualquer organização?
A verdade é que os arquivistas estão preparados para lidar com a demanda de serviços que existe desde sempre nas organizações, o que não existe ainda é reconhecimento da real necessidade desses profissionais, excetuando-se aquelas situações onde, por exemplo, a Receita Federal solicita o registro dos funcionários a partir da fundação das empresas, ou algo similar. O impacto dessa “manobra” administrativa (de contratar como assistentes e a baixos salários) desvaloriza uma profissão que não existe há pouco tempo. Caso ainda haja dúvidas quanto à isso... Ver: http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=92&sid=52
No caso, das contratações assim feitas, as empresas são desobrigadas a pagar seus funcionários de acordo com seus respectivos pisos salariais, ou seja, arquivista não recebe seus proventos de acordo com a função de arquivista, cientista da computação, administradores, etc também não.
Não somos bem qualificados para comentar sobre o aparato legal do que chamamos aqui de “manobra administrativa”, se não existe, deveriam existir leis que proibissem tal prática. Ou será que não? Ou será que seria pior? Será que ainda iriam querer nos contratar? Do jeito que as coisas vão, talvez piorasse para nós arquivistas sermos apenas contratados como de nível superior, por que daí seríamos postos nos mesmos graus que engenheiros, advogados, arquitetos, médicos, etc. como profissionais bem reconhecidos de acordo com nossas funções e valor diante da administração, além de termos de ser bem pagos para isso.

Será que merecemos tal posto, acreditamos que SIM!

Philipe Cavalcanti, 18/02/2013.

Aguardem

Olá gente,

Fiquei muito feliz, hoje recebi a publicação do nosso convidado Philipe Cavalcanti.

Aguardem, hoje mesmo estaremos publicando.

Eu e Dacles agradecemos muito a contribuição.

:D

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Arquivologia - UEPB

Olá gente,

Fico muito feliz em publicar hoje por aqui algo que vi nas redes sociais, uma notícia do Professor Washington: 

"O Guia de Estudante da Editora Abril (2013, p. 197; 305) avaliou o Curso de Arquivologia Uepb com 3 estrelas, em uma escala que vai até 5. O curso de Arquivologia da UEPB ficou atrás da UnB (5 estrelas), da UFBA, UEL, UFF, Unirio, UFRGS, UFSM e Unesp (4 estrelas, respectivamente). O curso da UFES também foi avaliado com 3 estrelas, dividindo com a UEPB o sexto lugar entre os cursos de Arquivologia do país, segundo a publicação. Mesmo diante das dificuldades conjunturais enfrentadas pelo Campus V e pelo curso de Arquivologia da UEPB, o ranking não serve ao envaidecimento, mas motiva a reflexão sobre o papel do compromisso e da responsabilidade de todos que constróem, cotidianamente, o curso de Arquivologia: professores, servidores e alunos. Melhorias sempre, retrocesso jamais! Parabéns à UEPB, parabéns à Paraíba!"



Ahhh que orgulho tenho de ter sido formada na UEPB, uma Universidade que me trouxe conhecimento profissional, e conhecimento de vida. Me trouxe amigos, meu trouxe um amor. Ver seu crescimento e seu reconhecimento, me faz lembrar o dia que lá cheguei, cheia de incertezas, mas amando aquilo tudo. Me lembro também das dificuldades, que eram muitas, mas que todas eram vencidas com o desejo de fazer aquilo acontecer.


PARBÉNS UEPB, PARABÉNS AO CURSO DE ARQUIVOLOGIA, PARABÉNS AO PROFESSORES, ALUNOS E EX-ALUNOS.