sexta-feira, 10 de julho de 2015

A Arquivologia é uma área comum ou especializada? [...]

A pergunta título vem entoada num contexto muito típico da formação do arquivista.
Afinal, a Arquivologia é uma área comum ou especializada do conhecimento?

Se você responde que a Arquivologia é área especializada (e não entrarei nos méritos de ela ser comum...), eu te pergunto: por que admite-se, sem o menor pudor contexto, pós-graduados (stricto-sensu) em áreas das mais distintas, para lecionar partes específicas de uma graduação em Arquivologia? Eu digo isso, porque essa prática é comum desde que adentrei e saí da universidade. É inquietante porque a própria cultura organizacional, da universidade, parece respaldar as elaborações esdrúxulas de editais, quando admite ("Graduação em Arquivologia ou ..."). Não quero ser um radical. Não. Entenda. Eu apenas discurso sobre a importância do engajamento de outros arquivistas na formação de "novos arquivistas". Quem é arquivista e atua, sabe! Quem não é, só pode ficar a propor um monte de "caso perfeito", que na maioria das vezes nem existe (ou você vai me dizer que é fácil implementar uma "cultura de valorização do arquivo" de maneira tão linear e fácil como os discursos acadêmicos ecoam?).

Se há um lado nessa história que eu defendo, é o da minha profissão de origem (mesmo que eu esteja a rumar em outros mares). Deixemos de tentar "tapar o sol com a peneira". Os espaços acadêmicos também podem ser ocupados por arquivistas. Se não o forem, como garantir uma formação sólida para aqueles que enfrentarão a "selva" do (talvez) primeiro emprego, em uma área dominada há tempos por profissões similares, mas acentuadamente diferentes?

Ocupemos os espaços reservados a nós.

Usemos de nossa "autoridade de fala". Façamos ecoar nossa experiência. Preenchamos os discursos vazios com nosso dia-a-dia recheado de desafios.

PS.: ao elaborar editais, valorizem o arquivista. A Arquivologia agradece.

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