quinta-feira, 15 de março de 2012

Sindicato, associações e afins. O que esperar? ...

Segundo o Houaiss (aquele dicionário que entrou em polêmica pela palavra "cigano"...), sindicato é:


"Rubrica: termo jurídico.

associação, para fins de estudo, defesa e coordenação de seus interesses econômicos e/ou profissionais, de todos os que (na qualidade de empregados, empregadores, agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais) exerçam a mesma atividade ou atividades similares ou conexas."

Interessante definição, não? A de associação¹ me faz pensar ainda na mesma adjetivação (uhhhhhrrr...):

As associações são sociedades de cunho científico, criadas com o objetivo de auxiliar os profissionais e estudantes com atividades que agreguem valor aos seus currículos, como cursos, palestras, congressos e jornadas, encontros, simpósios e demais eventos científicos. Elas devem cuidar de reciclar os conhecimentos técnico-científicos dos biomédicos [arquivistas], tendo como objetivo atualizá-los diante de uma sociedade que exige cada vez mais qualidade, especialização, excelência e competência. Também oferecem apoio ao profissional biomédico [arquivista] que é proprietário de um serviço, com ferramentas de gestão que melhorem a performance de suas atividades.

Outro ponto extremamente ideal de se refletir diz respeito a atuação de tais "agremiações" (ops. O carnaval passou...) na atuação do profissional arquivista. Fiquei pensando esses dias no "tanto que a gente sofre". Minto? O Nordeste possui até a presente data apenas uma associação, que é a do Estado da Bahia. Ouço falar que é bem organizada, tem suas intenções de melhoria e uma atuação focada. Bem, não convivo lá pra saber, então, ficamos por tais congratulações. Fora isso, o "pequeno" Nordeste, com pouco mais de 4 cursos, vê sua representatividade profissional sindicalizada pelo limitado Sinarquivo. Bem, alguém tem que falar... então, sem língua presa, vou usar uma citação peculiar que vi em um site "Sindicatos têm um viés de representação política da categoria". Bem, acho que boa parte dos arquivistas que necessitam de uma "mão" quando parte para assuntos relacionados a concursos e suas irregularidades, se vê "na real", representado por ele mesmo e um punhado de amigos de profissão.

Indicadores? Eu arrisco dizer que o Sinarquivo está fazendo abaixo do que deveria fazer. É impressionante a quantidade de concursos com suas falhas, vícios e tantas outras mazelas e a falta de respostas que tive do Sinarquivo. É... mas alguns representantes (alguns, né...), "sindicalistas" caíram no óbvio - da margem do ralo - do que menos deveriam fazer: politicagem.

É meus caros, como Fred 04 e sua trupe Mundo Livre S/A dizem: "em terra de urubus diplomados não se ouve os cantos dos sabiás".

8 comentários:

  1. Sinceramente não consigo ver nenhuma ação concreta do nosso Sindicato, pelo menos aqui na nossa Paraíba, que detém de 2 cursos de Arquivologia. Se alguém já viu por favor nos informe...
    Em relação a liagação de sindicato com política, é só analisar e observar as coisas... são claras!

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  2. Caros editores,

    Como presidente do SINARQUIVO gostaria de concordar plenamente com a falta de ação do SINARQUIVO. Porém existe uma explicação muito simples: Ainda não temos sindicato.

    O sindicato teve sua assembléia de fundação ocorrida em 2008, e até agora não saiu o registro do mesmo no MTE. Não vou aqui entrar no mérito dos motivos, até porque são lamentáveis, mas o fato é que o SINARQUIVO hoje é apenas uma associação, com nome de sindicato, aguardando seu registro sair.

    Existe ainda uma desvantagem: Não temos associados e receita zero.

    A grande vantagem de um sindicato é porder aferir receita de 3 modos: Associação social (igual a de associações), imposto sindical (um dia de trabalho compulsoriamente) e contribuição patronal.

    Tendo estas fontes de receita é possível profissionalizar a defesa da profissão, hoje feita de maneira amadora pelas associações regionais. Quando falo em amadorismo não pretendo fazer nenhum comentário pejorativo, mas apenas identifico uma característica, pois as associações são geridas por voluntários que se dividem entre estudo, trabalho e a gestão da associação.

    O ideal é que tivéssemos recursos para contratar assessorias jurídica, contábil, de comunicação, imprensa, etc. Além de gestores profissionais.

    Sempre existiu uma preocupação da diretoria do SINARQUIVO de não cobrar anuidade social, para não "disputar" o associado com as associações regionais, que devem ser fortalecidas, pois é onde o arquivista encontra respaldo mais próximo.

    Apenas discordo quando dizem que fazemos politicagem. Gostaria de entender melhor de onde vem este tipo de acusação, pois entendi como uma acusação sem sentido e leviana.

    Farei um comentário em seguida, aproveitando a oportunidade do tema levantado neste blog, para propor algumas ações possíveis para o SINARQUIVO.

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    1. Daniel, até onde o perfil de um presidente de um sindicato pode ser mensurado. Te digo. Quem é por exemplo, o Daniel cidadão, crítico, ativista e o Daniel presidente do SINARQUIVO? Uma coisa misturou-se com a outra. Lembro me bem das eleições de 2010 e a sua pungente campanha pelos e-mail's (alguns cedidos com exclusividade do sindicato) e redes sociais. Fiquei a me perguntar: quem de fato faz isso? O presidente ou o cidadão Daniel? Não ficou claro.

      Se você achou leviano e sem sentido, me desculpe. Mas não pude deixar de fomentar esse comentário. O maior medo que tenho é que um sindicato (associação, grupo etc) tenha um viés de política muito mais voltado para o individual. Se for para fomentar e alavancar o SINARQUIVO, eu me disponibilizo.

      Alguns motivos que você cita aí nunca foram expostos (pelo menos não os vi). Acho que deveriam ter sido feitos antes, e ter evitado um certo "desengano" por parte de uma turma de arquivistas no Brasil.

      O espaço está aberto para postar questões cruciais ao desenvolvimento do SINARQUIVO e debate.

      Abraços

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    2. Ainda continuo sem entender onde entra o aspecto pejorativo da política, definido por você como politicagem. Qual o problema do cidadão Daniel ter posicionamentos políticos?

      Qualquer posicionamento político é necessariamente politicagem?

      Considero a alienação política muito mais nociva.

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    3. O que quero dizer é quando o limite de uma coisa se mistura com a outra. Isso ficou evidente em 2010. Quem era na real que postava propagandas eleitorais sobre candidatos à presidência? Era o presidente do SINARQUIVO ou um cidadão comum? Ou os dois ao mesmo tempo?

      Não há problema algum do cidadão Daniel ter posicionamentos políticos. Desde que se abstenha de tais atitudes como presidente.

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    4. Então não há dúvida nenhuma. Era o Daniel pessoa física. Assim me porto desde 1998 quando entrei para o Diretório Acadêmico da UNIRIO. Nunca misturei as duas coisas.

      Você cita 2010 e fiquei curioso. Será que cometi algum deslize e me posicionei político-partidariamente ou ideologicamente em nome do SINARQUIVO, utilizando algum e-mail o site do SINARQUIVO, ou ainda algum perfil do SINARQUIVO nas mídias sociais.

      Se o fiz, não me recordo e teria sido sim um grande erro. Não me lembro se cometi algum deslize desta natureza, pois sempre fui bastante cuidadoso com relação a isso, em não misturar as coisas.

      Muita coisa é imputada a mim, por pessoas que me criticam abertamente e publicam "intenções" minhas como se fossem verdadeiras. mas estas pessoas que muitas vezes fazem avaliações do meu caráter sem mesmo me conhecerem.

      Nem sempre consigo manter a frieza e desprezar estes ataques, mas tenho me esforçado e amadurecido para melhor me portar diante de pessoas que fazem acusações irresponsáveis e que acabam não por me prejudicar, mas prejudicam as entidades coletivas que represento e a classe a qual pertenço, defendo e milito.

      Peço que por favor, mantenham-se vigilantes, me informem sobre algum desvio que tenha cometido, pois não tenho o direito de comprometer a categoria e as entidades das quais faço parte por equívocos pessoais.

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  3. Vamos lá. Acho que é uma boa deixa para ouvir retorno e captar idéias sobre como levantar o SINARQUIVO.

    Um dos problemas do SINARQUIVO é que, para não acabar disputando associações com as regionais, que precisam na verdade ser mais fortalecidas, o SINARQUIVO até agora não abriu inscrições para associados. Isso acabou se transformando numa armadilha que tem criado dificuldades, pois para decidir questões sobre o futuro da entidade, você precisa realizar consultas aos associados, mas estes não existem.

    Surgiu então uma idéia para formar um quadro de associados e fortalecer as associações regionais, para o qual gostaria de ouvir posicionamentos e opiniões.

    Seriam abertas inscrições para se associar ao SINARQUIVO, de forma gratuita, mas para se associar, o interessado precisaria enviar comprovante de que está associado a uma associação regional. Desta forma delimitaríamos um universo que poderia votar e ser votado, propor formalmente mudanças no SINARQUIVO, alterar estatuto, tomar decisões sobre filiação a centrais sindicais ou não. Decidir sobre parcerias ou medidas que pudessem ser feitas como articulação com outras entidades etc.

    Além de dar corpo ao SINARQUIVO, esta medida poderia significar mais um estímulo ao fortalecimento das associações, além de aumentar percentualmente o número de arquivistas nestas associações, pois excetuando-se a AAERJ, hoje todas as demais regionais permitem outros profissionais além de arquivistas, mas no SINARQUIVO, só se podem filiar Arquivistas, legalmente reconhecidos.

    Gostaria de ouvir retorno de vocês.

    Abraços,

    Daniel Beltran

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  4. Não se trata de uma defesa, mas da oportunidade de mostrar um pouco do que se conseguiu fazer, mesmo sem o registro do sindicato, sem filiados e com gestão ainda amadora por falta de recursos. Isso aponta para a importância de se fortalecer a entidade que tem muito a agregar para a defesa profissional.

    http://sinarquivo.ning.com/profiles/blog/list?q=irregular

    Pode-se perceber que de 2011 para cá, as ações decaíram fortemente. Este é um dos problemas de se gerir a entidade de forma amadora, pois este período se confunde com o aumento dos meus compromissos profissionais e início de um novo MBA, o que ocasionou uma disponibilidade de minha parte bastante menor. Sem uma estrutura profissional, a gestão fica dependente das horas disponíveis da diretoria. Por isso precisamos fortalecer a entidade e profissionalizá-la.

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